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Visão Integral

"Todos os tipos de Yoga são todos verdadeiros e necessários,
todos apontam para um determinado nível de consciência"

 

Paulo Murilo Rosas

Nas minhas tentativas de integrar todas as visões do Yoga muitas vezes sou perguntado se não seria melhor eu me conformar com essa visão de diversidade das várias escolas ou tipos de Yoga sem tentar integrá-las.

Sinceramente acho uma beleza este pluralismo. Contudo também penso que se permanecermos nessa etapa de diversidade promoveremos a fragmentação, a separação e não a unidade. Acho que não basta reconhecer as diferenças que nos distinguem; temos que ir mais além e começar a re”conhecer” as similaridades que nos aproximam e nos unem, caso contrário, contribuiremos para a fertilização de um amontoado de partes e não para o Todo que, em última instância, é o que preconiza oYoga.

Todos os tipos de Yoga são todos verdadeiros e necessários, todos apontam para um determinado nível de consciência sem o qual ela não poderia existir; níveis esses que são constitutivos da própria personalidade de cada indivíduo.

E a razão que vejo para a existência destes pontos de vista divergentes é que cada um deles está tentando transformar seu próprio caminho no único real ou importante, no único digno de ser seguido pelos demais, pois somente ele levaria ao autoconhecimento.

A visão total nos mostra que cada uma dessas linhas de Yoga é parte de uma série de verdades que vão se encaixando num contexto. Cada uma é verdadeira quando enfatiza o seu próprio contexto, mas falsa quando tenta negar a realidade, a importância ou o significado das outras